O que é o Volvismo e como ele surgiu
O Volvismo, cujo nome se originou da renomada fábrica de automóveis Volvo, é um sistema de produção industrial difundido na década de 1960, época em que outros modelos de produção já estavam vigentes, como o Toyotismo, que é citado no texto “Gestão da Qualidade Total: o que é e qual a sua importância”. Seu surgimento é fruto da frustração dos operários da fábrica de carros, que não estavam se interessando por suas tarefas e funções. Diante disso, a Volvo deveria tomar uma atitude para que sua produção continuasse atingindo seus principais objetivos: a perfeição e a segurança dos carros.
Desse modo, o que faltava nesse modelo era a valorização do funcionário. Para incluir esse fator na fábrica sueca, era necessário colocar os operários como elementos centrais da produção. Com forte influência dos sindicatos trabalhistas suecos, a relação entre os empregados e as máquinas se inverteu. No momento anterior, era o ritmo das máquinas que controlavam os trabalhadores. Entretanto, com a mudança, os contratados tinham o poder de determinar a maneira de trabalho das máquinas.
Principais características do Volvismo
Não é possível citar o Volvismo sem se referir aos trabalhadores. Eles eram extremamente valorizados, e também trabalhavam de maneira coletiva, de modo que não existia uma hierarquia. A fábrica era dividida em diversos grupos de funcionários, que juntos organizavam e distribuiam suas funções, conforme o domínio de cada.
Além disso, a inovação era uma aliada do modelo e com isso os contratados passavam por treinamentos e melhorias. Sendo assim, todos souberiam trabalhar nas diversas etapas da produção. Desse modo, era possível que os empregados sejam realocados para as mais diversas parcelas do processo, eliminando a tradicional rigidez das produções.
[rock-convert-cta id=”5029″]Vantagens e desvantagens do Volvismo
Já foi possível notar que o sistema é repleto de vantagens. Dentre elas, se destacam o foco no trabalhador, que é totalmente priorizado e, assim, consegue se sentir confortável e motivado a trabalhar, fator esse que influencia indiretamente no aumento da produção, além da maior qualidade dos automóveis, fruto da alta qualificação dos operários.
Entretanto, apesar das inúmeras vantagens e benefícios, esse modelo de produção não se encaixa na atual conjuntura mundial. Os trabalhadores demandam muito investimento, pois é necessário que eles se qualifiquem e se adequem às novas normas de trabalho, o que exige tempo e dinheiro.
A inaplicabilidade do Volvismo também ocorre pois sua criação foi pensada nos moldes do contexto sueco de 1960. Isto porque, se tratava de um momento de fortes movimentos trabalhistas no país e apoio ao trabalhador. Assim, a crise econômica mundial não permite a aplicação desse sistema de produção, que influencia no custo dos automóveis de modo que o consumidor final não consegue pagar.
Conclusão
A compreensão sobre os modelos de produção são de extrema importância pois eles afetam o setor primário da economia, no qual estão inseridas as indústrias. Com o Volvismo não seria diferente, seu entendimento permite uma maior aprendizagem sobre a função dos operários nas indústrias e como eles se comportam frente às diferentes maneiras como são tratados. É visível que empregados que recebem um bom tratamento são mais entusiasmados e assim produzem mais, o que gera boas consequências tanto para eles, quanto para as empresas.
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Texto escrito por Julia Campos, gerente do administrativo financeiro da PUC Consultoria Jr.