O que é renda fixa e como funciona?
A Renda Fixa é o tipo de investimento que possui regras de remuneração no momento da aplicação, uma vez que fornece ao investidor os prazos e percentuais de rendimento para que ele decida se deseja aplicar, ou não, seu capital em tal investimento. Pode-se ter como exemplo de renda fixa: CDB, LCI/LCA e o Tesouro Direto.
Os investimentos de renda fixa funcionam como um empréstimo monetário ao emissor, visto que no final do período estabelecido pelas regras de um investimento X o aplicador recebe um percentual de juros sobre seu valor aplicado, sendo ele o rendimento. A renda fixa pode ser fixada por um percentual mensal ou acompanhar algum índice como a taxa Selic ou o CDI, sendo o CDI o mais comum entre os investimentos dessa área.
Renda Fixa X Renda Variável
A renda fixa é o investimento que permite uma previsibilidade da remuneração do aplicador, pois estabelece uma taxa fixa de ganho no momento da aplicação. Já a renda variável, possui rendimentos imprevisíveis uma vez que os valores oscilam ao longo do período em que o capital está aplicado, tal fato é influenciado por fatores econômicos e políticos, desta forma não é possível estabelecer o rendimento antes, somente ao final da aplicação.
Quais são os tipos de renda fixa
Os títulos públicos são aqueles emitidos para a capitação de recursos para o governo federal, ou seja, o investidor aplica seu capital no Estado e o mesmo retorna após um tempo determinado com uma taxa fixa de juros. E os privados, são os vendidos por bancos e empresas. O objetivo de ambos é o mesmo, o investidor empresta dinheiro e receba após um tempo estabelecido, a diferença é o destino do mesmo.
Quais são os riscos da renda fixa?
Por mais que parte dos investimentos sejam assegurados pelo Fundo Garantidor de Créditos, abreviado como FGC, existem alguns riscos na aplicação de renda fixa desconhecidos por muitos investidores.
. Risco de Crédito: ocorre quando o emissor dos títulos não consegue efetuar os pagamentos aos investidores no período determinado.
. Risco de Liquidez: no momento em que o investidor precisar vender ou comprar um ativo de renda fixa, o mercado não apresenta a liquidez esperada e o mesmo executa a operação com uma liquidez diferente da esperada
. Risco de execução: ocorre quando o aplicador emite uma nota de compra e venda, o valor seja diferente do emitido a princípio do investimento.
. Risco de mercado: é o risco que todos os investidores estão expostos é um evento inesperado, ou seja, algo que afete o mercado como um todo, influenciando assim os capitais aplicados em renda fixa, como uma séria crise econômica por exemplo.
. Risco operacional: aquele que ocorre a causa de um erro operacional, seja ele da empresa onde o capital foi aplicado ou, até mesmo, do próprio investidor.
. Risco de oscilação das taxas de juros: assim que o investidor aplicado seu dinheiro, o investimento de renda fixa já fornece o percentual da taxa remunerado, porém ao longo dos meses, essa taxa pode se alterar e no final do período da aplicação, o rendimento ser distinto do inicial, quebrando assim as expectativas do investidor. As taxas podem ser alteradas tanto para valores maiores quanto menores.
. Os títulos públicos por mais que sejam empréstimos realizados ao governo e caso o mesmo não consiga pagar suas dívidas, detém o poder de imprimir moedas, tal ação não é benéfica aos investidores pois a impressão de moedas ocasiona a inflação e apesar de existirem rendimentos, o poder de compra do valor devolvido ao investidor pode ser menor ou igual ao que tinha com o capital aplicado.
Por fim, a renda fixa pode ser uma boa opção para os investidores que desejam montar uma reserva de emergência, visto que os riscos são menores que os investimentos de renda variável. Porém o aplicador deve selecionar aquele que apresenta um menor prazo de saque , pois como o objetivo do capital é para um fundo de emergência, caso o indivíduo precise do dinheiro o saque deve ser efetuado naquele momento. O ideal seria um investimento com liquidez diária para montar uma reserva de emergência.
Texto escrito por Luiza Rabelo, Consultora da PUC Consultoria Jr.
