Após o Coronavírus, a palavra flexibilização se tornou algo de grande valor e muito utilizado. E essa flexibilização ocorreu em diversos âmbitos, desde a cobrança de dívidas, a concessão de linhas de crédito.
Muitos bancos vêm buscando atender da melhor forma a demanda dos micro e pequenos empresários para que consigam sobreviver durante a crise. Assim, muitos “afrouxaram” os seus requisitos para conceder crédito para auxiliar em um dos momentos mais complicados e delicados dos empreendedores. Dessa maneira, o que se percebe é que há uma conscientização que a quebra de diversos negócios não é boa para os dois lados.
Porém, ainda assim os empreendedores devem ficar atentos, pesquisarem, e se informarem a respeito das instituições que estão oferecendo crédito, e sobre quais condições. Pois, mesmo com essa maior flexibilização, é crucial que se tenha bastante cuidado no momento de solicitar uma linha de crédito.
Atuação do Governo Federal e BNDES
Como foi divulgado, o Governo Federal realizou a injeção de 5 bilhões no Programa de Geração de Renda, com a finalidade de ofertar linhas de crédito com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Sendo que essas linhas de crédito são disponibilizadas por agentes financeiros como Banco do Brasil, e Caixa Econômica Federal.
Já em relação ao BNDES, foi feito uma expansão da oferta de capital de giro para negócios com faturamento anual de até 300 milhões, e com limite de financiamento de 70 milhões. Dessa maneira, se tornou possível que não somente micro e pequenos empresários conseguissem acesso ao crédito, como também empresas de médio porte.
Compreendendo a importância do Capital de Giro
Mais do que nunca, empresários de todos os portes estão percebendo a importância e relevância do capital de giro, e como ele pode ser um divisor de águas em momentos de dificuldades como o de agora. Nesse sentido, são essas necessidades adicionais de caixa que contribuem para a manutenção das operações e atividades das empresas.
Assim, possuir um valor financeiro adicional para sanar obrigações e contas da empresa, são de extrema importância para manter a saúde financeira da organização. Portanto, essa “folga” no fluxo de caixa, deve ser uma das questões mais frisadas nesse momento de crise, e mantida durante o momento pós crise, devido a sua capacidade de:
- Prevenir falências;
- Indicar o rico do negócio e;
- Garantir equilíbrio das finanças
Dessa maneira, o que se percebe é que mais uma vez empresas podem fechar as portas por definitivo por não disporem desse recurso, e mesmo negligenciarem a sua funcionalidade. Assim, mais uma vez esse recurso vem provando a sua aplicabilidade e extrema necessidade. E, diante dessa importância, muitas instituições financeiras vem concedendo crédito para financiar capital de giro.
Como se manter atualizado a respeito das linhas de crédito disponíveis, e das instituições que a disponibilizam
Existem algumas plataformas que fornecem as informações necessárias para que os empresários possam identificar quais são as melhores alternativas e oportunidades de crédito que estão sendo ofertadas. E dentre essas plataformas, o SEBRAE é uma das que vem trazendo arquivos que são atualizados periodicamente.
“Desde o início das medidas anunciadas pelas autoridades para conter a pandemia do Coronavírus, a equipe da Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Nacional, com o apoio das equipes das unidades estaduais do Sistema Sebrae estão monitorando as notícias e as ações das Instituições Financeiras em todo Brasil para levar aos empresários de pequenos negócios informações qualificadas e úteis no enfrentamento dos efeito da crise com a paralisação das atividades.”
SEBRAE
O documento apresenta de maneira detalhada quais e como as instituições financeiras estão ajustando seus processos internos para oferecer condições melhores. E todas essas informações são coletadas por meio de notícias em veículos oficiais de imprensa, e contato direto com seus respectivos representantes.
E dentre as alternativas contempladas, há informações sobre:
- Bancos públicos federais;
- Cooperativas financeira
- Bancos privados com atuação nacional;
- Bancos regionais e agências de fomento;
- Fintechs.
O apoio às MPMEs
As micro, pequenas e médias empresas são de longe os tipos de empreendimentos que mais estão sofrendo com essa crise. Portanto, as medidas para amenizar o impacto gerado pela pandemia contam com a atuação de diversas instituições.
Assim, apesar de este ser um momento de grande tensão e incerteza, a flexibilização e disponibilidade de muitas instituições em conceder apoio a essas empresas está e será crucial para encarar o momento agora, e se preparar para o futuro. Portanto, para você que é um empreendedor e teve que fechar as suas portas durante esse período, não fique parado.
Estude, e trace um plano de ação para preparar a sua empresa para o momento pós pandemia. E acima de tudo, sempre se mantenha atualizado tanto sobre as medidas provisórias adotadas, quanto aos auxílios e flexibilizações que as instituições financeiras vêm adotando. Assim, não perca o foco, e não deixe a sua oportunidade de recuperação passar.
Texto escrito por Luíza Abreu, Gerente de Marketing da PUC Consultoria JR