Entenda o progresso da recuperação econômica brasileira e qual o impacto na sociedade.
É verdade?
Sim, é verdade que o Brasil vem se recuperando economicamente dos efeitos da crise do coronavírus. Segundo levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas, o Brasil já havia recuperado, no final de 2020, cerca de 89,1% da perda do PIB sentida no segundo semestre do ano passado.
Porém…
Apesar das notícias otimistas, é preciso estar atento. De acordo com o colunista José Luiz Portella em entrevista à Sociedade em Foco, a recuperação econômica será assimétrica. Isso quer dizer que haverá disparidade na retomada entre os status sociais (classes baixa, média e alta) e entre os setores.
Além disso, o Brasil ainda vive uma pandemia. O número de novos casos de coronavírus, no dia 07/07/2021, era de 54.022. Isso demonstra que, mesmo com as vacinações progredindo, ainda há muita contaminação. Portanto, se há risco, há medo, o qual gera incertezas e afeta o desempenho da atividade econômica.
Como a retomada impacta a vida dos cidadãos?
Dessa forma, como é possível perceber no gráfico abaixo, o primeiro trimestre de 2021 sentiu uma melhora de taxa acumulada do PIB em relação ao último trimestre do ano passado.
Sendo assim, com a recuperação econômica progredindo, é possível elencar alguns dos aspectos, relacionados à economia, que impactam a vida em sociedade:
- Se o PIB cresceu, o consumo das famílias aumentou. A tendência dessas ações é de incentivar o comercio e, consequentemente, a economia como um todo.
- Caso os cenários se mostrem positivos, as empresas tendem a investir mais. Se há maior investimento, há geração de empregos e, consequentemente, de riquezas.
- Se a economia vai bem, o governo arrecada mais impostos. Com isso, há mais dinheiro em caixa e, portanto, maior é a possibilidade de investimento, como auxílios sociais, construções ou aquisições, por exemplo.
Quais os efeitos macroeconômicos?
Um efeito também necessário de se observar é a valorização do real. Isso porque os juros altos no mercado atraem especuladores estrangeiros. Por exemplo, com mais dólares entrando, diminui-se o preço dessa moeda. Sendo assim, um dos motivos da recente queda da moeda americana no país foram as sucessivas altas da SELIC.
A expectativa para o resto do ano é de que a taxa SELIC continue a sofrer aumentos. Para João Guilherme Penteado, CEO da Apollo Investimentos, é provável que chegue a uma faixa de 6%, podendo alcançar até 6,5% ao ano. Cenário oportuno para investimentos atrelados a esse indicador.
Como posso me beneficiar disso?
Esses momentos de economia crescente são propícios para investimentos. Normalmente, os governos tendem a incentivar o fôlego econômico e, assim, traçam estratégias com esse objetivo.
No Brasil, a atual tática é aumentar a taxa SELIC. Isso porque, segundo o professor de economia Josilmar Cordenossi da Universidade Presbiteriana Mackenzie, do ponto de vista de investidores de grande porte, com taxas de de juros mais elevadas, há um clareamento no ambiente turvo para quem deseja investir a longo prazo, ajudando a financiar investimentos produtivos.
Outra consequência de uma taxa SELIC alta é o maior rendimento de investimentos de renda fixa como Tesouro Direto e CDBs pós-fixados, que muitas vezes têm seus desempenhos atrelados a indicadores econômicos. Portanto, essa é uma forma de se beneficiar desse momento.
Por outro lado, investimentos como fundos imobiliários tornam-se opções menos atrativas. Já que as aplicações de renda fixa alcançam lucros semelhantes com menores riscos.
Inclusive, há um texto no blog que traça as características de um fundo emergencial. Principalmente em momentos de crise, que podem surgir novamente no futuro.
Qualquer dúvida, basta entrar em contato conosco.
Texto escrito por Luana Balestrin, diretora de marketing, e por Guilherme Mendes, diretor do administrativo-financeiro.