Muitas pessoas traçam metas e objetivos para alcançar com seu empreendimento, mas o que poucas fazem para conquistá-las é se organizar de maneira efetiva. Sem um devido planejamento dos processos e ações não é possível bater metas e se destacar no mercado. É nesse aspecto que se percebe a relevância de um planejamento estratégico.
O que é um planejamento estratégico?
O planejamento estratégico está ligado às áreas de gestão e administração empresarial. Ele é a união de processos que formam um sistema, focado em guiar e organizar uma empresa para alcançar um objetivo.
Esse processo pode, e deve, ser elaborado por qualquer negócio, independente do seu tamanho ou posição no mercado. Entretanto, esses aspectos devem ser levados em conta para criar um planejamento estratégico coerente.
Além disso, esse trabalho também requer a união da empresa e de seu time. Isso requer a colaboração de todas as equipes e respectivos membros, que devem trabalhar em função dos mesmos propósitos.
Qual a importância de um planejamento estratégico e por que sua empresa precisa dele?
O planejamento estratégico se trata de uma organização prévia, que facilita no descobrimento de maneiras apropriadas para colocar sua empresa em uma melhor posição. Ele contribui para o crescimento do negócio a partir do estabelecimento de metas e objetivos, mas que antes também necessitam do conhecimento das particularidades do empreendimento.
Os resultados intangíveis também acontecem com a aplicação do planejamento. O comprometimento dos funcionários e união da equipe é um dos frutos desse trabalho. Com a implantação de ações, metas e objetivos os membros conseguem se dedicar a um único fim, e com mais engajamento eles conseguem perceber como são importantes para a empresa.
Como fazer um planejamento estratégico?
É perceptível que fazer uma organização dessa amplitude exige dedicação. Por isso, o período dedicado a sua realização deve ser escolhido de maneira cautelosa, em um momento que a empresa pode se concentrar em sua execução. O planejamento estratégico é usualmente dividido em 5 etapas:
1. Diagnóstico
Primeiramente é feito o diagnóstico das forças e fraquezas do ambiente de trabalho interno e das oportunidades e ameaças do ambiente externo em que o empreendimento está inserido. Essa análise é conhecida como análise SWOT, que em inglês significa Strenghts, Weaknesses, Opportunities and Threats, aspectos esses que serão apontados nessa etapa.
Para se obter esses pontos é necessário, primeiramente, reunir a equipe e elencar tanto os diferenciais quanto as deficiências da empresa, se tratando do ambiente interno. Já no contexto externo, deve-se entender a atual situação do mercado e mencionar suas conveniências e intimações.
Ademais, também é válido acrescentar informações dadas por fornecedores e até clientes, como uma espécie de feedback. Essas também serão fontes confiáveis que podem servir como base para o planejamento.
Para aprofundar na análise SWOT e adquirir resultados satisfatórios nessa etapa do planejamento, acesse nosso texto no blog Análise SWOT: Conheça a concorrência e alavanque seu negócio.
2. Identificação da filosofia da empresa
É de extrema relevância definir certas missões, valores e uma visão da empresa, para trazer autenticidade ao negócio. Pois, um empreendimento com uma filosofia previamente estabelecida consegue se guiar por meio dela na tomada de decisões. Além disso, essa cultura organizacional deve ser demonstrada tanto no contexto interno quanto externo da empresa, pois é por meio dessa imagem que o público terá conhecimento sobre a maneira que o negócio trata os serviços e produtos que oferece no mercado.
A missão é reconhecida como o propósito da empresa, as razões de sua existência. Os valores se resumem ao comportamento e princípios adotados pela empresa e praticados pelos funcionários. E, por fim, a visão é o foco atual da empresa, aonde ela deseja chegar em um período de tempo pré-estabelecido.
Alguns empreendimentos já têm essa cultura organizacional previamente definida, em um momento anterior, mas às vezes ela precisa de uma revitalizada. Para isso, é válido observar se uma revisão é necessária, pois essa identidade deve sempre se adequar à imagem que o negócio deseja transmitir.
Um recurso muito utilizado é o BSC, o Balanced Score Card, ou seja, cartão de pontuação equilibrado. Esse método permite a definição dos objetivos estratégicos da empresa.
3. Definição de metas e indicadores
É nesse momento do planejamento estratégico em que os colaboradores estabelecem onde a empresa quer chegar e o que é preciso para isso. Diante disso, deve-se listar metas e indicadores.
As metas, antes de tudo, devem se equiparar a realidade da empresa, sendo realistas. Elas devem ser especificadas com base no cumprimento dos objetivos estratégicos. Para garantir a união do time de trabalho e o envolvimento, recomenda-se que primeiramente seja estabelecido uma meta geral, que posteriormente será dividida de acordo com os setores da empresa. Assim, os colaboradores podem adquirir o conhecimento de que todos são importantes para o alcance das metas, e o crescimento consequente do empreendimento.
Os indicadores são as ferramentas que garantem o acompanhamento das metas. Eles devem ser listados conforme os objetivos e metas que a empresa deseja bater.
É possível aprender mais sobre metas na publicação A importância das Metas SMART para o seu negócio do blog, que permite uma maior introdução nesse conceito.
4. Plano de ação
O plano de ação criado pela empresa é uma parte fundamental do planejamento. É nesse estágio que os colaboradores terão a ciência da viabilidade dos objetivos estratégicos anteriormente propostos.
Serão definidas as datas das ações e seus respectivos responsáveis por executá-las, por meio de um cronograma. Esse processo deve se basear numa ordem de prioridade das tarefas, desde os procedimentos mais urgentes até os de menor importância, mas todos devem ser realizados.
5. Acompanhamento e controle
Por fim, o acompanhamento e controle é o último passo para a conclusão do planejamento estratégico. Para fazer o acompanhamento são necessárias reuniões para se discutir os efeitos das conquistas alcançadas. Para isso, toda a empresa deve participar e uma certa periodicidade para o acontecimento dessas reuniões deve ser definida. Usualmente esses encontros ocorrem semanalmente, pois não será efetivo caso eles ocorram em um intervalo de tempo muito grande.
O que deve ser debatido, principalmente, são as metas e o plano de ação traçado, além de uma constante revisão da análise SWOT realizada anteriormente, pois o mercado passa por constantes mudanças.
Facilitadores para a realização do planejamento estratégico estão disponíveis na internet, como as plataformas Scopi, Scoreplan e Planest. Elas são mecanismos que permitem a criação de planejamentos íntegros para empresas, que integram todas as etapas do processo mencionadas em apenas um software.
Conclusão
A influência do planejamento estratégico no crescimento de uma empresa é notória, e para executá-lo com maestria, a obra de Felipe Decourt, “Práticas de Empreendedorismo, Casos e Planos de Negócio” é extremamente recomendada. Em seu livro, Felipe, juntamente com Hamilton da Rocha Neves e Paulo Roberto Baldner, realiza o estudo de 5 casos de planejamentos estratégicos que alcançaram excelentes resultados e são considerados bem-sucedidos.
Além disso, a obra também demonstra desde conceitos básicos necessários para a montagem do planejamento até mecanismos de análise do mercado. Sendo que a leitura do livro serve como inspiração para gestores empresariais.
Investir em um planejamento estratégico que vai alavancar empreendimentos no mercado e melhorar a performance da empresa é possível com o Plano de Negócios, serviço que integra o portfólio da PUC Consultoria Jr. Informações sobre ele podem ser acessadas no post Por que fazer um Plano de Negócios?, além de diversos textos técnicos disponíveis no blog da empresa.
Texto escrito por Júlia Campos, consultora de projetos da PUC Consultoria Jr.