O que é uma pesquisa qualitativa?
A pesquisa qualitativa busca saber a percepção de quem está sendo entrevistado sobre algo. Seja gosto, moda, que ela acha sobre uma empresa, o que ela não gosta e entre diversas outras coisas que uma pesquisa qualitativa pode abordar. O que diferencia uma pesquisa qualitativa de uma pesquisa quantitativa, é que, diferente da pesquisa quantitativa, a pesquisa qualitativa não restringe as respostas que as pessoas podem conceder.
A partir disso, uma forma mais simples de definir a pesquisa qualitativa, é que ela deixa a resposta em aberto para o entrevistado. Isto, desde que elas sejam coerentes com a pergunta, sem pré-estabelecer quais respostas a pessoas podem dar.
A pesquisa qualitativa busca explorar opiniões mais abrangentes dos entrevistados. No caso de uma pesquisa feita por uma empresa, o entrevistado pode ser um cliente e/ou possível cliente ou seus funcionários. Além disso a pesquisa tem caráter subjetivo, ou seja, busca entender o comportamento e experiências individuais.
“Exemplo que uma pergunta qualitativa com resposta coerente:
Qual seu filme favorito? R: Harry Potter e o cálice de fogo.
Exemplo de uma pergunta qualitativa com resposta incoerente:
Com quantos anos você pretende viajar para fora do país? R: Batata”
Erros comuns ao se fazer uma pesquisa qualitativa
Erros estruturais são bem comuns em pesquisas qualitativas que não são feitas sob orientação profissional, especialmente quando se trata de uma pesquisa de mercado (que é um serviço prestado por nós da PUC Consultoria Jr.), onde o gestor busca saber as características do seu consumidor, o que abre margem para muitos erros, sendo alguns:
1 – Não abordar o público-alvo da empresa
Uma pesquisa que não é respondida diretamente pelo público-alvo não tem efetividade. Isto pois respostas de pessoas que não pertencem aos seus consumidores (ou potenciais consumidores) não agrega em nada para a empresa.
Para saber qual o público-alvo da pesquisa qualitativa, depois de serem relacionados com o objetivo da pesquisa, podem ser levados em conta critérios como idade, gênero, escolaridade, gostos e outros, dependendo da necessidade da pesquisa qualitativa.
2 – Perguntas mal elaboradas
Ao se selecionar o grupo de perguntas, essas perguntas tem de ser eficazes, ou seja, elas têm que ser simples, diretas e imparciais. Para isso, é sempre bom que uma equipe de pré-teste, para verificar se esse questionário atende aos requisitos pré-estabelecidos
Em todos os projetos da PCJ que são feitas pesquisas, seja ela quantitativa ou qualitativa, há uma equipe de pré-teste que visa garantir a qualidade de cada teste, inclusive no serviço de Pesquisa de Mercado.
3 – Linguagem inadequada
A linguagem a ser usada com seu público-alvo, deve ser o mais de acordo possível com o perfil desse grupo. Dessa forma, características que afetam bastante a linguagem a ser usada, são a idade e a escolaridade, que mudam consideravelmente quais palavras devem ser usadas com esses públicos.
4 – Resultados sem insumos
Por mais que as respostas sejam “livres”, quando o gestor for fazer a análise das respostas obtidas pela pesquisa qualitativa, a análise tem que gerar algum insumo para a empresa. Sendo assim, a análise tem que ser feita de forma que elenque os principais problemas apontados pelos entrevistados, sendo eles os mais graves ou os apontados com maior frequência. A partir disso, a empresa pode traçar estratégias para resolver esses problemas com a devida urgência de cada caso.
Entrevista de profundidade
No que se trata da entrevista de profundidade, esta é uma das formas de se fazer uma pesquisa qualitativa. Neste caso, é eficiente para empresas que desejam saber o quão aceito seu produto ou serviço será pelo seu público-alvo. Além disso, serve para ver como sua empresa é vista pela sociedade: impressões, opiniões, pontos positivos e/ou negativos e entre outros.
Essa metodologia possui destaque entre as empresas, uma vez que evidencia as opiniões individuais dos seus consumidores. A partir disso se é possível que o gestor receba informações que jamais seriam pautas discutidas, fazendo com que a empresa possa evoluir sua imagem perante a sociedade.
Por que fazer uma entrevista de profundidade?
Existem diversos motivos para se utilizar de uma entrevista de profundidade em uma pesquisa qualitativa. Como por exemplo a dificuldade de acesso ao público-alvo, necessidade de um maior aprofundamento e, em alguns casos, ser mais estimulante para o entrevistado.
Para mais, a entrevista pode ser presencialmente ou semi-presencialmente (telefone ou internet). O importante é que o entrevistador esteja preparado e, de preferência, com um roteiro de estudos definido. Dessa forma, a entrevista seria conduzida da melhor forma possível.
No que tange a escolha do entrevistador também é importante. Isto porque, neste tipo de pesquisa qualitativa, ha a necessidade de uma relação mais pessoal entre entrevistado e entrevistador. A partir dai, as respostas seriam as mais sinceras possíveis.
Conclusão
Em síntese, uma pesquisa qualitativa tem o potencial de sanar diversas dúvidas que uma empresa possa ter. Estas dúvidas podem ser sobre vários fatores do dia a dia empresarial, desde pesquisa de mercado até gerenciamento interno.
Uma pesquisa qualitativa, especialmente uma entrevista de profundidade, pode ser fundamental para que uma empresa possa entender as características individuais do seu público-alvo, o que possibilita que o gestor possua uma maior qualidade no controle da imagem e dos produtos/serviços da empresa.
Se feita internamente, possibilita que o setor de recursos humanos possa traçar estratégias para melhorar o ambiente da empresa baseado nas respostas que foram obtidas pela pesquisa qualitativa que, por consequência, aumenta a produtividade dos funcionários da empresa.
Por último, vale ressaltar que a PUC Consultoria Júnior (PCJ) possui um espaço do “fale conosco”, que pode te ajudar a resolver dúvidas que possam ter surgido sobre algum tema ou sobre a PCJ em si e seus serviços.
Texto escrito por Victor Henrique, consultor de projetos da PUC Consultoria Jr.