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Inflação: a situação brasileira

Inflação a situação brasileira

Quem é a inflação?

Todos os Brasileiros já ouviram falar de inflação em algum momento na vida. Sendo assim, é constantemente citada em jornais, rádios, blogs e vem atormentando a economia nacional há muito tempo. Porém, poucos conseguem defini-la ou dizer como ela surge, o que gera discursos simplistas, de justificativas rasas.

Vamos desmistificá-la

O primeiro passo é entender que o mercado é formado por duas forças contrárias: a força de oferta, que define como e quando as coisas serão produzidas, e a força de demanda, que define quais bens querem ser consumidos pela população. Qualquer desequilíbrio entre essas duas forças causa reações e crises generalizadas, como é o caso da crise inflacionária, que é consequência da alta demanda e da dificuldade dos ofertantes de oferecer tudo que é demandado.

O reflexo final do desequilíbrio é o aumento dos preços de forma única e constante. Como exemplo, pense em 15 pessoas demandando 15 produtos. Se os ofertantes só conseguem produzir 13, duas delas não terão a oportunidade de consumir os bens almejados. Em síntese o problema está correlacionado com escassez.  

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Mas e aí?        

Então, se a crise inflacionária está relacionada ao excesso de demanda, pode-se dizer que em algum momento esse excesso será amenizado, e o mercado tenderá ao equilíbrio? Bem, a resposta aqui é não, por dois motivos.

  • Primeiro, o desejo de consumo humano sempre tende ao crescimento. Dessa forma, se uma pessoa tiver renda, a tendência é que ela gaste o dinheiro que possui, especialmente em crises inflacionárias. Isso porque, se os preços sobem constantemente, não existe motivos para guardar dinheiro e esperar um bem encarecer para comprá-lo.
  • Segundo, é fato que produzir algo sempre se torna mais caro, de forma que a capacidade produtiva é minada aos poucos. Sendo assim, cresce, cada vez mais, a dificuldade de produzir e atender à demanda por consumo.

No caso brasileiro, a inflação só será resolvida com medidas políticas que de alguma forma reduzam a demanda por consumo ou, então, que aumentem as condições de oferta. Porém, na dada situação é extremamente difícil de serem determinadas, tanto por condições históricas tanto por condições políticas.

O caso brasileiro  

O problema inflacionário nacional não é tão simples de ser resolvido. O que ele nos diz, com bastante veemência e de forma simples, é que a demanda existe e precisa ser suprida. Em outras palavras: o mercado está implorando por produtores que atendam toda a necessidade de produtos e serviços.

E como saber se a inflação está alta?

Para se desvencilhar da interpretação de outras pessoas, o método mais prático é consultar o relatório Focus do Banco Central. O relatório é feito a cada 45 dias e calcula diversos indicadores econômicos, que servem para elaborar futuras previsões, o que serve de base para análises nacionais. Entre os indicadores, há o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que neste caso pode ser considerado como o indicador da inflação.

Sendo assim, é válido ressaltar que o indicador IPCA é calculado a partir da média de variação do preço de alguns produtos de em determinadas cidades do Brasil. Ele tem como objetivo indicar a variação destes preços e, consequentemente, ilustrar possíveis aumentos ou decréscimos no período. Mas tenha cuidado, o cálculo do IPCA tem uma lista reduzida de produtos, assim como as cidades analisadas. Sendo assim, mesmo que para a prestação de serviços o IPCA seja visto como o indicador ideal, caso queira um relatório mais completo, convém conferir outras variáveis, como o IGP.

O que pode ser feito?  

Nisso, surge outra pergunta: como um empresário brasileiro consegue quebrar a barreira inflacionária e atender todos àqueles que não têm acesso aos produtos e serviços inflacionados? Bem, existem diversos fatores que limitam a ação dos ofertantes, entre eles o conhecimento e o limite tecnológico.

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Num país tão incerto como o Brasil, o empreendedor deve sempre buscar se aperfeiçoar, tanto em relação às habilidades técnicas, quanto em questão de previsão do mercado. Como essa tarefa é um pouco complexa, uma boa alternativa é se manter atualizado com as notícias no mundo econômico, capacitar-se para conseguir formular estratégias que minimizem os impactos negativos e, claro, ter o apoio de empresas de consultoria – que conseguem ampliar a base de conhecimento e expandir o alcance do produtor.

Outra ação indispensável é a correta precificação dos produtos e serviços, visto que preços errados geram prejuízos, e prejuízos com alta de preço geram mais prejuízos. Sendo assim, a situação começa a piorar exponencialmente, o que faz com que o empresário se endivide e o negócio pare de ser rentável. Uma boa política de precificação deve ser atualizada com frequência. Para isso, deve levar em conta todos os custos e despesas dentro do fluxo de caixa da empresa.

E para finalizar, ressalta-se que a inflação não é culpa dos produtores. Além disso, não será resolvida da noite para o dia, mas é válido ressaltar que todos aqueles que produzem podem buscar meios para contorná-la. O objetivo é de garantir a sobrevivência do próprio negócio e atender a todos os clientes que lidam hoje com o problema da escassez.  

O poder do capital humano dentro das instituições

Outro fator extremamente relevante é a gestão dos recursos humanos. Isso porque a empresa precisa fomentar a cultura empreendedora em todos os colaboradores, na intenção de que eles se dediquem à manutenção e constante melhora do empreendimento. Grandes empresas, como Google, Ford e Dell, já se atentaram a esse diferencial.

Há, aqui no blog, um E-book grátis que trata sobre a gestão de pessoas, especialmente em épocas de crise. Baixe aqui!

 

Texto escrito por Pedro Alexandre, consultor de projetos da PUC Consultoria Jr.

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Publicado em:: 01/09/2021 / Categoria: NEWS /

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