O QUE É O DIAGRAMA DE ISHIKAWA?
O Diagrama de Ishikawa também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Diagrama Espinha de Peixe, trata-se de uma das sete ferramentas da qualidade. O método foi desenvolvido por um dos Gurus da Qualidade, Kaouru Ishikawa, na década de 60. Dessa forma, a ferramenta é utilizada para permitir uma melhor visualização das causas-raízes responsáveis por um determinado efeito. Isto é, na hipótese de que um empreendimento identifique um problema em sua linha de produção, a aplicação do Diagrama de Ishikawa permitirá a determinação dos fatores causadores do problema identificado.
Nesse sentido, a aplicação da ferramenta permite que as organizações apliquem planos de ação específicos para as causas-raiz identificadas no diagrama. Desse modo o empreendimento teria maior controle e verificação da aplicação dos planos de ação propostos e seus resultados. Logo, ao aplicar o plano de ação para uma causa-raiz que caracteriza-se como prioritária por não obter os resultados esperados, basta aplicar novos planos de ação para as demais causas apresentadas durante a elaboração do Diagrama.
Imagem: Diagrama de Ishikawa
Fonte: PUC Consultoria JR.
Desse modo, na imagem apresentada como referência o diagrama é dividido em 6 segmentos, que por sua vez, serão explicados detalhadamente a seguir. Além disso, é importante ressaltar que o detalhamento apresentado abaixo é referente à avaliação de empreendimentos. No entanto, o Diagrama de Ishikawa pode ser adaptado a qualquer contexto, como por exemplo, na vida pessoal.
Máquina
Nesse tópico, devem ser considerados os possíveis causadores do efeito indesejado que estão diretamente relacionados com o maquinário. Supondo que o efeito indesejado seja má formação do produto final, um possível causador disso está diretamente relacionado com a operação incorreta da maquinas.
Materiais
Aqui, serão elencados todos os possíveis causadores do efeito indesejado que estão relacionados com os materiais utilizados durante o processo produtivo, como a matéria-prima, por exemplo. Logo, ainda na situação anterior, em que o efeito indesejado seja a má formação do produto final, um possível causador dessa questão que está diretamente relacionado com os materiais utilizados no processo produtivos. Os problemas poderiam ser, por exemplo, matéria-prima entregue com dimensões incorretas, e fora do padrão utilizado na empresa.
Mão de Obra
Nesse item, serão determinados todos os possíveis causadores do problema identificado ela instituição que possuem relação direta com a mão de obra do empreendimento. Nesse sentido, fatores como falta de qualificação, falta de atenção e imprudência, são questões que podem ser considerados nesse tópico.
Meio Ambiente
As possíveis causas-raiz elencadas nesse tópico, devem estar relacionadas aos fatores referentes ao ambiente interno e externo à empresa. Diante disso, ao elaborar os elementos responsáveis pelo efeito considerado, devem ser considerados aspectos como: temperatura, poluição, espaço disponível e barulho.
Método
Esse tópico avalia os processos, métodos e atividades realizados pelo empreendimento que estão diretamente relacionados com o problema identificado, isto é, avalia-se o impacto das ferramentas e do sistema produtivo sob o efeito indesejado. Logo, na hipótese de que o problema do empreendimento seja que a produção total não atende a demanda, uma possível causa seria a baixa otimização de todo o processo produtivo.
Medidas
Por fim, o último tópico avaliado leva em consideração todas as métricas que envolvem o problema identificado pelo empreendimento, ou seja, revisão das metas da empresa, indicadores e medição de efetividade, por exemplo. Essa etapa faz-se necessária, uma vez que na hipótese de que o empreendimento não esteja cumprindo as metas projetadas, um possível fator responsável é a elaboração das métricas fora da realidade da empresa.
PARA QUE SERVE?
A ferramenta deve ser utilizada para permitir uma melhor visualização dos principais causadores do problema identificado pelo empreendimento. Dessa forma, o intuito é de facilitar a priorização desses fatores e consequentemente, a elaboração de planos de ação específicos para cada um.
Além disso, é possível utilizar a ferramenta com o intuito de melhorar processos do empreendimento. Sendo assim, o fator que pode ser melhorado seria o efeito estudado, e os possíveis pontos de melhoria que resultariam nesse efeito seriam as causas-raízes determinadas.
Por fim, é importante destacar que a utilização do Diagrama de Ishikawa em conjunto de outras ferramentas da qualidade permite uma análise mais profunda do problema estudado, bem como a elaboração de um plano de ação mais assertivo. Logo, ferramentas como Diagrama de Pareto, Histograma e Folha de Verificação são ferramentas que podem ser utilizadas em conjunto do Diagrama de Ishikawa. Desse modo, é possível encontrar textos referentes a essas ferramnetas no blog da PUC Consultoria Jr, através desse link.
POR QUE UTILIZAR?
O Diagrama de Ishikawa permite um maior controle e análise dos processos que compõem o empreendimento, bem como o aumento da previsibilidade dos problemas, e otimização dos processos que envolvem o sistema produtivo. Dessa forma, a PUC Consultoria Jr, oferece o serviço de Mapeamento e Otimização de Processos, em que realiza-se etapas com efeitos semelhante aos da aplicação do Diagrama de Ishikawa. A partir disso, assim como a ferramenta, o serviço identifica possíveis empecilhos do fluxo de trabalho ou do sistema produtivo.
Além disso, o serviço oferece também os planos de ação necessários para resolução do problema identificado. Para mais, é feito, também, o mapeamento de possíveis pontos de melhoria ou otimização, bem como a melhor forma de realizá-los.
CONCLUSÃO
Desse modo, é perceptível a importância da aplicação dessa ferramenta nas empresas e até na vida pessoal. Isto se dá, tendo em vista todos os impactos positivos decorrentes de sua utilização. A partir disso, recomenda-se a leitura do livro “Gestão da Mudança e Lean Manufacturing”, em que são abordados a aplicação da ferramenta abordada e outras na gestão da mudança e otimização do processo produtivo.
Texto escrito por João Emmanuel, gerente de projetos da PUC Consultoria Jr.